Os índios e os povos antigos tinham uma conexão com o planeta que ao longo do tempo fomos perdendo. A percepção de tudo está conectado hoje é um fato comprovado através da ciência pelas descobertas da física quântica, e também por pesquisadores independentes que atuam fora dos meios acadêmicos.
Contudo estamos nas primeiras décadas do século XXI com um planeta degradado pela ação do ser humano. Em pouco menos de 60 anos conseguimos um nível de destruição que compromete a nossa capacidade de sobrevivência como espécie no planeta.
Precisamos mudar nossos hábitos urgentemente. Esta tarefa é individual e depende da consciência de cada pessoa. Do relato acima espero ter deixado evidente que algumas poucas pessoas que detém a maior parte da riqueza mundial, controlam os bancos e as corporações que influenciam os governos de todas as nações. Também controlam através de fundações as instituições de ensino e pesquisa, manipulando e premiando as descobertas que lhes são convenientes. A mídia também é controlada e a indústria da propaganda baseada em técnicas de psicologia de massa leva ao conhecimento público apenas informações que sejam convenientes aos interesses deste pequeno grupo.
As conferencias de Davos e as reuniões de grupos como Bilderberg, Comissão Trilateral, Diálogo Interamericano, Forum de São Paulo e outros não são para discutir a situação e interesses da grande massa de seres humanos existentes no planeta.
Contudo o dinheiro que é movimentado interessa – e muito a todos eles – e este é o poder que cada um tem para reverter esta situação.
Através de uma mudança de hábitos que nos leve a um consumo consciente, das conseqüências de nossos atos, poderemos reverter esta situação.
Precisamos nos educar uns aos outros, para que a consciência aumente e possamos salvar a nós e ao planeta onde vivemos.
O planeta Terra – também conhecido como Gaya, Gaki, Pachamama em outras culturas – é um ser vivo, e nós, como espécie animal do planeta, o estamos matando, tal como o câncer mata aos seres humanos. Assim como o câncer é uma célula que sofre mutação e se torna nociva ao corpo, nossa espécie sofreu uma mutação e se tornou nociva ao planeta.
Acreditamos que o domínio da ciência e da tecnologia nos permitiria dominar a natureza. Estamos descobrindo que nossa tecnologia está nos matando. Até dentro de nossas próprias casas, nos envenenamos com o uso de inseticidas que pensamos matar apenas os insetos.
Ao longo deste texto busquei mostrar que temos uma outra forma de energia que podemos utilizar para nos trazer uma condição de vida tão confortável quanto o nível atingido atualmente, e que não degrada o planeta.
Mas para isto, é preciso mudar paradigmas em múltiplas areas, e isto depende de educação, de informação, de transformação.
Como disse Stephen Covey em Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes ( Ver Biblioteca/ Artigos) a Lei da Colheita é inexorável:
Cuide de seus pensamentos, eles se tornam palavras;
Cuide de suas palavras, elas se tornam ações;
Cuide de suas ações, elas se tornam hábitos;
Cuide de seus hábitos, eles se tornam seu caráter;
Cuide de seu caráter, ele se torna seu destino.
Diz-se que uma nova idéia se implanta não porque as pessoas sejam convencidas por ela, mas porque surge uma nova geração que já nasce convivendo com ela e assim a mudança acontece.
Não sei se teremos tempo para isto. A velocidade de degradação está muito acima da capacidade do planeta se regenerar.
Desastres como o do Exxon Valdez, o da BP no golfo do México e o da Samarco em Mariana, Minas Gerais, nos faz ter uma clara percepção do impacto de nossas ações como espécie.
Nenhum dinheiro pode trazer a vida das pessoas e animais mortos, da contaminação das águas de rios e oceanos. E tudo isto afetará a cada um que vive no planeta, pois tudo está interligado.
Cidades inteiras sujeitas a falta de água, de comida, de assistência, pessoas consumindo alimentos intoxicados pela água que foi contaminada pela nossa espécie com a nossa “avançada” tecnologia.
Existem soluções, mas elas não são convenientes aos que detém o poder atualmente. Não espere que os governos ou as corporações tenham consciência e mudem.
A ECO-92 a grande reunião mundial de lideres para discussão de temas relativos a meio ambiente já completou mais de 20 anos ( 1/4 do tempo que levamos para atingir a situação atual) e ainda não produziu resultados eficazes.
Leis não resolvem o problema. As leis do Brasil sobre meio ambiente são das mais avançadas do mundo. Porém não garantiram a ocorrência do desastre ecológico em Mariana, que chegou ao mar e afetou a ecologia marinha também.
Precisamos repensar nossas crenças e tomarmos a responsabilidade pelas nossas ações – todas elas, mesmo as que aparentemente tem pouco valor.
Jogar lixo no chão, acaba por poluir rios, mares e oceanos. Queimar lixo ou emitir gases na atmosfera, acaba poluindo o ar e quando chove arrasta esta poluição para a terra, rios, mares e oceanos. Nem sempre nossa tecnologia é eficaz para limpar a água e nós consumimos. Água que nós mesmos (como espécie) contaminamos.
Estamos consumindo a mesma poluição que geramos. E estamos ficando doentes e afetando a vida de outras espécies do planeta. E alguns já nascem doentes, ou nem nascem.
E como tratamos nossos doentes? Com química que para ser produzida polui nosso ambiente. E a indústria química e farmacêutica, que controla todo o sistema ocidental de atendimento medico, desde a sua formação, luta com todas as armas para impedir que outros tratamentos, tão ou mais eficazes, sejam adotados como eficazes. Há um grande movimento para classificar tudo como charlatanismo como aconteceu com Albert Abrams, Ruth Drown, Rife, Lakhovisky, Reich e muitos outros.
Pasteur trouxe a teoria microbiana de que as doenças eram causadas pelos germes/micróbios, porem como ensinou Lakhovisky temos na verdade uma guerra de radiações e se o corpo vibra em uma faixa de frequências superior a do micróbio, este não tem como sobreviver.
Através da radiestesia, podemos medir o nível de energia dos alimentos que ingerimos tal como ensinado por Bovis e Simoneton.
Porém nossa alimentação foi drasticamente modificada desde os anos 50 e deixou de ser de alimentos naturais e passou a ser de alimentos industrializados que recebem produtos químicos que poluem nossos corpos e o planeta. Esta é a grande causa das doenças crônicas que atingem grande parte dos doentes atualmente.
A criação de créditos de Carbono não é uma solução sustentável. Isto não resolve o problema quando fazemos uma meta análise da situação. Ela não resolve o problema pois o transfere de uma região do planeta para outra. Isto não é sustentável. O planeta continua sendo degradado.
Ervin Laszlo em seu livro Um Salto Quântico no Cerebro Global fala sobre o “World Wisdom Council “(Conselho de Sabedoria Mundial) organização que se destina a representar a sabedoria coletiva da humanidade como um todo, tanto masculina quanto feminina, vinda de todo continente, de toda cultura importante e de toda religião. Sua missão essencial consiste em transcender agendas nacionais estreitas e interesses individuais que servem apenas a si próprios, reconhecendo que o pensamento baseado nesses níveis não é capaz de satisfazer aos crescentes desafios globais da atualidade.
O WWC foi constituído com base na convicção de que a suprema exigência nesta era de descontinuidade e de transformação consiste em reconhecer que, por meio do desenvolvimento de uma nova dimensão da consciência, o mundo pode ser construtivamente mudado por mulheres e homens onde quer que eles vivam e quaisquer que sejam seus interesses e seus modos de vida. Ele se destina a desempenhar um papel de importância única que lhe permita ajudar as pessoas e sociedades de hoje a encontrar um caminho exequível rumo a um futuro mais pacifico e sustentável.
A tarefa do “Council“é promover o desenvolvimento do poder e da criatividade inatos em todas a pessoas:
- Chamar a atenção das mais amplas camadas do público para os perigos e as oportunidades inerentes à condição humana em uma dimensão global.
- Identificar áreas de prioridade em que a ação individual e cooperativa é necessária a fim de reforçar o progresso em direção à paz e à sustentabilidade, tanto regionalmente como de forma global.
- Oferecer orientação para desenvolver a sabedoria individual e coletiva que confere poder para a realização de ações capazes de produzir mudanças construtivas no ambiente econômico, social e ecológico global.
O WWC é política, social e culturalmente não partidário e defende o interesse conjunto de todos os seres humanos e de todas as vidas neste planeta, informando as pessoas para que elas possam se mover em direção a um mundo em que sejam capazes de viver em paz umas com as outras e em harmonia com a natureza. Seus membros compreendem que já existe uma gama crescente de iniciativas alinhadas com a missão do WWC. Em consequência, ele considera como uma de suas mais altas prioridades a formação de redes, parcerias e colaborações no interesse da mobilização das forças necessárias para a transformação construtiva em uma escala global.
O WWC se originou do Clube de Budapeste que entre outras atividades, produz uma serie de livros e relatórios e materiais visuais relacionados que descrevem a condição crítica da comunidade humana, rastreiam as raízes da atual insustentabilidade e aplicam as mais recentes descobertas e avançadas percepções das ciências a fim de oferecer diretrizes praticas para o desenvolvimento de uma civilização planetária ( a serie de livros You Can Change de World [ Você Pode Mudar o Mundo]).
No capitulo 15 encontra-se o Manifesto sobre a Consciência Planetária.
Wanderlei Passarela – http://www.wanderleipassarella.com.br/ – em seu livro “O Despertar dos Líderes Integrais – Um caminho para a Nova Liderança do século XXI” traça alguns dos parâmetros para esta transformação:
Uma liderança integral pensa no ser humano com toda sua inteireza, procura executar tarefas que tem que ser realizadas efetivamente, mas também procura valorizar os relacionamentos tanto inter pessoais como intra pessoais. E por fim, procura entender o todo em que estamos inseridos, valorizando verdadeiramente a ecologia e os grandes mistérios que nos cercam.
Essas enormes complexidades atuais clamam por uma liderança que utilize as quatro inteligências do homem de forma integral, tanto a inteligência mental, como a emocional, a física e a espiritual. E que se apoie nos conhecimentos advindos não só da ciência, mas também das artes, da filosofia e das grandes tradições espirituais.
Portanto, a grande missão que espera os líderes dos novos tempos, é trabalhar com a perspectiva de liderar integralmente, formando um time de liderança que atue coeso, em que diferentes personalidades consigam coexistir e se complementar. Desenvolver liderança é, então, desenvolver o próprio homem. Desenvolver o ser humano que precisa ser resgatado dos “tecnicismos” que tendem a nos dominar. É criar condições para trazer à tona a humanidade rica que dormita dentro de cada um. Desenvolver liderança é, nesse sentido, despertar potencialidades que existem dentro de cada um de nós, mas que são, insistentemente, deixadas de lado.
Estamos beirando os dez bilhões de pessoas na Terra, com novos paradigmas de crescimento e sustentabilidade impondo desafios sem precedentes para as empresas e para os negócios. Todas as velhas certezas caem, umas após outras, dando lugar a novas visões que desorientam e desestabilizam as lideranças de todos os matizes.
Esta é a hora de se acordar para as grandes questões que se revelam no dia a dia de qualquer liderança: não é mais possível buscar a efetividade sem a afetividade, usar a ciência sem consciência e clamar por liberdade ou igualdade, se esquecendo da fraternidade.
É esse resgate que pode nos conduzir para salvar o que ainda existe de digno em nossas empresas, tornando-as aptas para criar o verdadeiro valor. O valor monetário sim, mas tão ou mais importante que este é o valor humano de cada publico que precisa ser propiciado. Se assim o fizermos, nós finalmente entraremos nos novos tempos, e estaremos deixando às próximas gerações empreendimentos que serão economicamente viáveis, socialmente responsáveis , e ecologicamente sustentáveis.
Todos os tipos de profissionais vão se beneficiar do entendimento dessa liderança integral, porque todos nós somos lideres, senão de um vasto grupo, pelo menos de nós mesmos.